quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

AIDS E CARNAVAL EM MACAPÁ


Com a proximidade dos festejos de Momo um problema de saúde pública se reapresenta: a AIDS e suas consequencias para a população amapaense. Segundo dados da Coordenadoria do DST/AIDS-Amapá as faixas etárias com maiores indices de casos registrados são entre 20-29 anos e 30-39 anos. De 1989 até 2008 os casos tem aumentado de 3 casos de infecção para mais de 60 casos notificados. Esse quadro aponta um cenário desafiador para as politicas públicas de saúde, mas também para toda a sociedade. Como doença facilmente transmissivel a AIDS não escolhe hospedeiro; qualquer individuo que não tomar os devidos cuidados nas relações sexuais, usando preservativo, tendo parceiros fixos, ou mesmo usuários de dorgas injetáveis pode ser mais um na crescente estatística de infecção da doença.
Alguns indicadores despontam quando o tema é a AIDS, principalmente em termos de informação e desconhecimento sobre o que fazer e como proceder para evitar a infecção ou quando já infetado. É comum, segundo informações da coordenadora do DST/AIDS-Amapá, Assunção Rocha, que muitas pessoas infectadas não procuram maiores informações sobre tratamento ou mesmo agem como se não pudessem transmitir o virus, possibilitando um quatro de possível epidemia. As dificuldades que os gestores públicos encontram em tratar problemas como a AIDS podem ser verificadas na distribuição de preservativos e de remédios paliativos que impedem a proliferação dos sintomas decorredentes do enfraquecimento do sistema imunológico do portador do virus. A cidade de Macapá centraliza a distrição de remédios e preservativos para todo o estado tendo este ano de 2009 a estimativa de 100 mil preservativos a serem direcionados a todas as secretarias de saúde dos municipios, compondo um grande esforço diante das demandas.
Por isso mesmo diante da proximidade das festas carnavalescas é preciso que o folião tenha mais consciência sobre os perigos do uso de drogas injetáveis e a prática de atividades sexuais sem as devidas precauções. Por outro lado cabe também aos organizadores dos blocos carnavalescos e demais agremiações comporem um amplo esforço para conscientizarem seus brincantes pelo valor da vida, como a exemplo deste ano o Blocanal que vai levar para a Avenida Ivaldo Veras o tema em homenagem a José Maria da Silva Nery, mais conhecido como Ney Macapá. Ele que alertou a população com uma frase colocada na entrada de seu salão no bairro do trem frisando “ Quem comeu, comeu; Quem não comeu não come mais!” A frase era um grito de alerta contra a Aids. Já que próprio era homossexual e tinha a doença.
O DST/AIDS – Amapá oferece atendimento gratuito para exames de segunda a quarta das 8 às 10 horas e terça e quinta-feira das 13 às 16 horas.
Ariane Lopes