terça-feira, 5 de outubro de 2010

Jorge Amanajás não chega e prefeito de Macapá busca novas alianças e avisa ao próximo governador que a parceria governo e prefeitura devem ser mantida



Prefeito de Macapá, Roberto Góes convocou ontem uma entrevista coletiva na sala de reuniões da prefeitura. Em pauta, o prefeito comentou sobre o resultado das eleições do último domingo e sobre as medidas que a administração municipal adotou após a realização da operação Mãos Limpas.
Roberto Góes afirmou que esta eleição foi muito tumultuada e que o eleitor participou mais ativamente. Segundo ele, o próximo governador do estado deve prioritariamente defender os interesses do município e que independente de seu posicionamento político para o segundo turno, questão que ainda deve ser discutida pelo PDT e pelo DEM, partido da vice-prefeita de Macapá, Helena Guerra, o novo governador deve ter compromisso com a comunidade. Para Roberto Góes, o governo e a prefeitura devem manter a mesma parceira. Um dos motivos apontados é a concentração de 70% de população amapaense vivendo na capital, o que acarreta vários problemas estruturais para cidade. Ele afirmou ainda, que a prefeitura de Macapá (PMM) obteve vários avanços decorrentes da parceria com o governo anterior, gestado pelo ex-governador Antonio Waldez Góes da Silva. Outro assunto abordado durante a coletiva foi a recente operação deflagrada pela Polícia Federal. A Operação Mãos Limpas decorreu de um inquérito no Supremo Tribunal de Justiça que tem como relator o ministro José Otávio Noronha.
A Operação : No mês de setembro foram deslocados 600 policiais federais para cumprir no Amapá e em outros três estados, 18 mandados de prisão, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão. Durante a operação os policiais entraram em diversos órgãos públicos na capital do estado. A Prefeitura de Macapá e a Assembléia Legislativa foram lacradas para a realização de busca e apreensão. A sede do governo estadual, o Palácio do Setentrião, também foi cercado por policiais.
O prefeito de Macapá, Roberto Góes, afirmou que em decorrência da Operação Mão Limpas, estão sendo tomadas algumas providências administrativas no que se refere a preocupação de uma gestão transparente, para isso realizou um levantamento de funcionários citados na Operação, tanto efetivo como nomeados do quadro da prefeitura envolvidos com as denúncias. Os servidores estão sendo afastados de suas atividades, alguns por iniciativa própria e outros estão recebendo pedido de afastamento. “As providências estão sendo tomadas para que não haja nenhum tipo de retaliação com relação a própria investigação”, afirmou Roberto Góes.
Outra preocupação da gestão municipal é a reorganização da arrecadação e o esclarecimento das investigações da Operação Mãos Limpas. O prefeito está exonerando os envolvidos e recebeu a orientação da Procuradoria Geral do Município para cancelar todos os contratos temporários de servidores citados nas investigações. A operação atingiu a Empresa Municipal de Transportes Urbanos (EMTU), Secretaria Municipal de Administração (semad) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed), órgãos ligados a prefeitura de Macapá.
Em recente reunião com todos os gestores do município, ficou definido que os próximos 3 meses haja uma concentração na redução de gastos com transporte, telefone, aluguel de carro entre outros. Segundo Roberto Góes, “é importante a manutenção da máquina pública, precisamos começar o ano com mais tranqüilidade”, destacou.

Devido a redução no orçamento da prefeitura, Roberto Góes definiu 5 grandes vertentes para investimentos no ano de 2011 que são: saúde, com a ampliação de um posto 24 horas; educação com a intensificação do programa escola vida; asfaltamento, limpeza da cidade e uma política mais eficiente de trânsito.

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